3.3.09

Impulso

E o que aconteceu com todas aquelas palavras que fluíam tão naturalmente quanto os sentimentos meus que rondavam a atmosfera ao meu redor?
Cadê o caos de dentro dos meus poros, cheio de uma agitação quieta. Só minha. Que só eu curtia?
E aquele estranhamento compartilhado com quem quisesse concordar por pura conveniência ou por pura satisfação com caprichos tão meus?
Por onde anda aquela sensação de que a vida que é minha pertence também a tudo que me rodeia?
Às cores, às sensações e sabores, como se tudo em todos pudesse me tragar?
O que aconteceu com tudo aquilo que me povoava e que não encontro mais? Infinitamente perdido ou escondido ou estarrecido ou desaprendido ou banido?
Assim mesmo, sem pontuações, corrido como os pensamentos sobre tudo e o nada!
Calmo como a vontade que tenho de dormir e não posso. Não quero. Não dá!
Está tudo tão acordado, amanhecendo aqui dentro!


‘Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo’ [Tati Bernardi]

2 comentários:

Libertinagem... disse...

Uma mescla do claro e escuro, que se firma num transparente opaco... evidenciando o que é obvio, mas deixando que a imaginação deslize no corrimao de cada sentimento... é assim que vejo teus textos.. amo cada um e vc tbm... ¬¬

lua b. disse...

passando pra um oi ;D

Bejo ..