21.2.09



"Eu preciso aprender a ser menos.Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada.Alguém já desejou isso na vida: ser menos?Pois é. Estranho. Mas eu preciso.Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma.Porque eu preciso. E preciso muito.Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma.Eu preciso respirar.Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito.Eu preciso desatar o nó.Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase?Confesso: eu não consigo.Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama.E eu vou... Com o coração na mochila, rímel nos olhos, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou.Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora.Existe aí algum remedinho para não-sentir?Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?Quer saber?Existe.Existe e eu preciso.Preciso e não quero."




[Fernanda Mello]





... pontos e vírgulas que falam por mim!

5 comentários:

di disse...

a fernanda sabe o que diz né?! hahah, viva Fernanda e coração na boca!
=***

Anônimo disse...

Texto bonito... gostei mesmo!

Libertinagem... disse...

Eita.. pensei que nao ia mais atualizar o blog.. amoooo os textos, tanto os que produz, qto os que vc escolhe...

aaa amooo vc tbm,
bjusss

lua b. disse...

Sim, me aperte o pause!
Adorei os textos. muito bons
e ahh .. tbm adoro Ana Carolina
mas ... Sou GrÊmista, como a sua amiga

auhsuhaushuas

Bejo

Anônimo disse...

Algumas vezes eu fui menos, em outras, mais. Umas vezes fui bem. Outras fui mal: fui pegar um jacaré na praia e, na ressaca, quase morri. Tive que fugir das cinco tsunamis que vieram só porque resolvi mergulhar.
Às vezes me dei mal a curto prazo e ganhei a longo prazo. Hoje amo demais a vida para arriscar, deixo a aclamação para os outros. Não quero pódio. Não quero chorar com o Hino Nacional.
Aprendi a gozar com o sol, a lua derramando champanhe em Niterói, as estrelas espetando o chão de areia molhada, o mico de mergulhar de roupa depois de meia noite.
Eu não preciso e não quero!
Não gosto de Minas, quero ficar em Copacabana.