8.11.11

Curta perfeito do dia: Dans La Tetê

"Dans La Tetê" (Na cabeça) é um curta genial que conta a história de Antoine Bertrand, um jovem militar francês que morre no campo de batalha com um tiro na cabeça. Infelizmente, se ele quiser entrar no paraíso deve morrer de outra maneira para que a "câmera" em sua cabeça permaneça intacta e ele possa ser julgado de acordo com as últimas imagens de sua vida.

Realizado por: Grégory Damour, Maxime Entringer, Anthony Gilles e Alan Sellier.


Dans la Tete from Amir on Vimeo.

7.11.11

Namore uma garota que lê


Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

Compre para ela outra xícara de café.

Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.

Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.

Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas  garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim.  E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até  porque, durante algum tempo, são mesmo.

Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que  pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe  monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.

Texto original: Date a girl who reads – Rosemary Urquico

Tradução e adaptação: Gabriela Ventura

Copiado descaradamente daqui hó:
http://quinasecantos.wordpress.com/

3.11.11

"Meu pai, aquele engraçadão!"

Ontem me deparei com uma garotinha que não passava dos 7 anos de idade, mas muito expressiva e de uma inteligência ímpar. Pena que sua esperteza era daquelas dadas pela vida. A prova disso foram suas palavras quando alguém que estava comigo perguntou onde estavam seus pais. “Minha mãe está muito mal! Não sei até quando ela vai aguentar! Trabalha o dia todo, mas quando eu choro ela fica em casa comigo!” E o seu pai? O rostinho dela se transformou: “Meu pai?! Aquele engraçadão! Não sei dele! Sumiu e não paga minha pensão...” e ela continuou resmungando mais algumas palavras ininteligíveis do alto da sua meninice diante daquele grupo de adultos que se sentiu pequeno diante de um desabafo infantil com pitadas de amadurecimento precoce.

As reflexões são tantas e vão muito além de pais que deixam de pagar pensão, mas os efeitos que a ausência dessa relação pais e filhos provocam, levando a feridas quase incuráveis e debilidades emocionais. Nesse sentido, pensei também na mãe e não a culpo pela acidez das palavras que ela cospe toda vez que sente raiva do ‘pai engraçadão’! O problema é que não se pode subestimar o valor e papel que os exemplos ainda exercem na vida das pessoas, principalmente das crianças e o quanto certos hábitos são passados de geração em geração. levando a uma rotina inquebrável!

Imediatamente lembrei-me desse curta que retrata de forma docemente triste alguns aspectos negativos que um círculo vicioso produziu devido principalmente a problemas sociais e econômicos.



11.10.11

Foto do dia #01

Porto de Rosário (Cidade de Rosário, província de Santa Fé, Argentina)
Foto: Dayane Nascimento

6.9.11

Pra quem tem coragem de recomeçar...

Ela é 'O' cara das palavras! Sou apaixonada por essa escritora e compositora lá de 'Belzonte' que entende perfeitamente a magia que envolve os novos momentos e recomeços... Bem o que vai acontecer com esse blog e já vem acontecendo comigo há algum tempo!

16.7.10

Há lixo por todos os lados. Há lixo em tudo que eu vejo...

A sujeira varrida para debaixo do tapete de palácios e casas do povo toma conta das ruas de Cuiabá e Várzea Grande.

Gostaria de falar de flores, como a frase original sugere. Mas caminhar pelo centro da cidade ontem a noite me causou uma tristeza e provocou uma reflexão sobre vários aspectos. O motivo: a quantidade de lixo acumulado em frente a lojas, estabelecimentos comerciais e algumas poucas casas, além do que já se espalha nas calçadas, praças e pontos de ônibus. O quadro é a representação da deficiente coleta de lixo em Cuiabá e Várzea Grande.

Ironicamente, a quantidade de lixo que mais me chamou a atenção se acumulava justamente na praça em que é realizado o Festival das Flores todo ano. A noite fria contrastava tanto com a sujeira ali que foi inevitável não pensar em como, então, estão os bairros, principalmente os mais afastados.

No caminho, continuei observando o reflexo e as proporções que tomaram o não entendimento entre as partes. No caso a empresa Qualix, empresa responsável pela coleta, e o poder público. O contrato com a Qualix termina dia 12 de agosto e uma nova empresa precisa ser definida até lá. O edital para a escolha foi impugnado devido a falhas.

O problema só se agrava. Bairros e moradores já estão reclamando do mau cheiro e da quantidade de lixo amontoado. O sujo centro de Cuiabá é obviamente percebido por quem vem de fora e não consegue entender o que está acontecendo. Aliás, é essa pergunta que quero fazer para quem quiser ouvir.

Há quem sugira uma intervenção do Ministério Público para uma resolução necessariamente rápida. Pois o caos tende a ficar pior, se é que é possível. A paralisação total de ontem, por exemplo, aconteceu porque os caminhões não tinham combustível para saírem do pátio da empresa.

Palavras como desprezo, descaso, desinteresse são tão ínfimas, tão clichês para apontar o que todos sabem e sentem: revolta, outro sentimento que acaba sendo banalizado diante de tanto desprezo, descaso, desinteresse...

A leitura que fiz da situação é extremamente generalizada. Deixo a quem possa interessar outras reflexões sobre, por exemplo, as doenças, moscas e outros bichos que o lixo que só acumula pode trazer. Sem falar nos terrenos baldios, normalmente sujos, que agora ficarão e já estão mais emporcalhados com o lixo que não tem onde ser depositado.

Em tempos em que uma sociedade discute tanto sobre impactos ambientais, lixo, problema com poluição, conscientização e sustentabilidade, retrocede anos luz em situações como essas. O problema com a coleta capenga tem promessa de resolução, e assim esperamos! Quem irá arcar com os efeitos sociais? Aqueles que dispensam apresentações e textos.

ps.: a ausência de fotos é proposital! É só andar pelas ruas da cidade para entender o retrato!

Por Dayane do Nascimento, que ainda espera ardentemente poder escrever sobre flores. Na expectativa de que a visão triste, grotesca e suja seja apenas efeito de uma noite fria em terras quentes

11.6.10

Aniversariar

Os nossos dias são sempre iguais! Não?! O meu é! Trabalhar, estudar umas coisinhas extras, um curso daqui, outro dali, e voltar pra casa pra dormir. Sim, às vezes acontecem novidades. Sorrimos, choramos, cantamos, ficamos putos, gritamos, calamos, abraçamos, esmurramos, caímos, levantamos, morremos um pouco por dia. Na essência os dias são sempre iguais...

Acho que é por isso que gosto de datas de aniversários. Ah! Elas são sempre meio estranhas. Porque no fundo queremos que todos se lembrem da gente de alguma forma. O que nem sempre acontece. Aí quando lembram, não se lembram do jeito que gostaríamos, no momento em que precisávamos ou nem lembram mesmo.

Aniversários nos lembram que estamos ficando velhos e nos faz achar que nem sempre estamos com toda aquela maturidade tão necessária e pregada por aí. Nos lembram que tem gente que se importa e tem gente que não se importa e que tem gente que você sinceramente não gostaria que se importassem. É contraditório: ao mesmo tempo que olhamos para todos quase dizendo silenciosamente com os olhos: ‘ei, é meu níver hj’ ou temos vontade de carregar uma placa de identificação no pescoço para lembrar de alguma forma que: “(pô!) nasci hj, cara!”... Temos também uma profunda vontade de se esconder já julgando qualquer tentativa dessas como falhas.

Mas aniversários são sempre aniversários. E não importa a idade que você esteja fazendo, deveriam sempre te lembrar docinhos, balões, bolo e presentes. O problema é que com o tempo, amadurecemos tanto que nos achamos no direito de não curtir um dia que querendo ou não é nosso! Tá carimbando com o momento do nosso nascimento.

A vida nem sempre é doce, o tempo nos torna agitados e sem tempo apreciar um bolo e se lambuzar com a cobertura, fazer bigode com o glacê a cada mordida, balões então... jamais! É tudo muito corrido, muito complicado, muitas responsabilidades e a sociedade cobra todos os dias pessoas mais maduras e mais maduras e mais maduras e cada vez mais maduras, como se essa fosse a única forma de saber lidar com os problemas.

Você pode fugir se quiser! Das festas surpresas, do bolo no trabalho, dos abraços e beijos mas da data em si, não! Isso é complicado. Sobretudo para alguém de espírito livre, tranqüilo, ‘d´boa’... mas que não gosta do seu aniversário. Talvez porque ele já faça da sua vida uma festa, ou porque não seja apegados a datas de nenhum tipo. Presentear fora de época é a melhor sensação. “Datas comemorativas são puramente comerciais”! Ele também me disse hoje: “os aniversários não são nossos. São para os outros!” É a mais pura verdade, ou deveria ser.

Gostaria muito que hoje, especificamente, fosse um dia diferente! Queria muito proteger todos os aniversariantes de hoje. Que para eles todas as noticias chatas fossem dadas amanhã ou depois. Que só por hoje as cores tivessem tons mais vivos. Que hoje todos os aniversariantes do dia fossem protegidos de situações chatas. Que todos pudessem fazer apenas aquilo que tivessem vontade, mesmo que a vontade fosse voltar para casa dormir até que o dia acabe. Gostaria que só por hoje os votos de felicidade, saúde e sucesso fossem tão reais que seus efeitos durassem até o próximo aniversário.

Como eu não posso fazer muito além do que está ao meu alcance, quero fazer o que for possível para que o dia de hoje seja muito especial para o Gustavo. Assim como gostaria que todos os dias dele fossem especiais e cheios de conquistas, de novidades, paz, tranqüilidade! Não apenas porque é o meu amor, mas porque alguém como ele merece apenas ter motivos para sorrir e cantar uma bela canção... (rs!) Alguém que me dá tantos motivos para ser feliz e achar graça em uma vida em que os dias são sempre iguais, merece o dia de hoje seja literalmente só seu. Por que o amanhã, o depois?Ahh...

“Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui... Depois é sei lá.” (Ana Jácomo)

Parabéns por hj!
Te amo, Guh!

6.6.10

Desacompanhar!


A não ser em minha memória, os cheiros não serão mais os mesmos, as construções se tornarão obras completas, as ruas darão em outros destinos, as pessoas serão apenas sorrisos de surpresa e frases feitas.

Como pode um tempo que sempre quis me livrar hoje me fazer sentir saudades?!
O que me faz querer deixar a vida que sempre desejei para me subordinar às lembranças de pessoas e costumes que sempre fui contrária?!

O que te fez esquecer as palavras mais lindas que disse? E as declarações de amor incondicional que seriam mesmo declarações comuns de alguém como você?
Em que momento os laços foram desbotando?! Continuam existindo, mas sem a cor lilás que você tanto gosta! Ou sem aquele azul anil que você fez com que eu também passasse a apreciar!

Fugir de um lugar não nos faz fugir da gente mesmo e só agora eu posso entender que na verdade quem sempre quis fugir foi você!

ps.: minhas malas já estão desfeitas há tanto tempo!

25.5.10

Equilíbrio - Sobre cozinhar e escrever (modos de fazer!)

Síndrome da página em branco e o cursor piscando sem comando!

Nada me deixa mais apavorada!

Meu desabafo é: escrever para uma revista é diferente de escrever para um site que é diferente de escrever para esse blog que é diferente de escrever para um blog sobre mídias e redes sociais que é diferente do meu jeito lírico de escrever! Aliás, o meu eu lírico se transformou em alguém (ou algo!) muito racional e nada, nada sentimental ou poético.

Acho que quero meus diários com cadeadinhos e coisinhas frescas de volta! Quero minha melhor amiga pra jogar conversa fora! Quero uma rodinha de amigos safados que só falam bobagens! Quero minhas formas de expressões de volta!

Escrever é algo único e pessoal! É literalmente uma obra de arte onde as palavras podem compor, ou não, um cenário na imaginação do leitor (que hoje são bem mais internautas!).
Tudo depende de como você apresenta as idéias.

Você pode fritar um ovo e comer com pão! Gema, clara, sal e pão!

E você pode também fazer aquele omelete, com orégano, queijo, cebola, catupiry...

O que a imaginação mandar!

Escrever é mais ou menos assim: pode ser um amontoado de idéias em um papel ou na tela do computador ou pode ser uma experiência literária única!

Vale lembra também que 5 pães e dois peixinhos pareciam pouco, mas a multidão ficou saciada e com reservas para a próxima refeição!

Ps: Se o Gilmar Mendes ler textos assim terá certeza que de escritor e cozinheiro todo jornalista tem um pouco!

Ilustração daqui !

17.5.10

'500 dias com ela': realidade escancarada

Uma história sobre o amor! Essa frase, que li em algum lugar na internet, define bem o filme ‘500 dias com ela’. E se tratando de um filme SOBRE o amor e não DE amor, não tem obrigação de tratar desse sentimento como gostaríamos.

Tom (Joseph Gordon-Levitt), criador de cartões comemorativos e frases para os mesmos, conhece no escritório a bela Summer (Zooey Deschanel) por quem se apaixona quase que imediatamente. Até aí, tudo bem! Nada de muito diferente de tantas histórias de amor. Nem o fato de Summer não acreditar muito no amor, graças a experiência traumática do divórcio dos pais na infância, difere da realidade sentimental de várias pessoas. Eles, então, desenvolvem uma relação “sem compromisso” como ela escolhe e prefere definir.


O filme traz uma experiência bacana não só no roteiro musical e poético. Não apenas quando brinca com quadros que dividem a tela em duas cenas simultâneas: expectativa e realidade. Ou quando a história é relatada, pelos olhos de Tom, fazendo um paralelo entre alguns dos 500 dias de momentos bons e ruins vividos pelo casal.


O diferencial está na forma real com que o amor é tratado durante a trama que não pode ser considerada comédia romântica, pois mostrando o amor de forma tão verdadeira e escancarada nem sempre é muito engraçado. Nem romântica em sua essência devido ao ‘pé atrás’ sempre presente que Tom tem com o relacionamento depois da confissão de Summer de que não queria nenhum compromisso e, em seguida, dos dias de sofrimento, frustração e dúvidas que invadem a mente do rapaz.


É essa necessidade quase cósmica que temos de definir o que sentimos que acaba com qualquer relacionamento. O apego que demonstramos e todas as carências de uma vida toda que depositamos em alguém. Situações assim é que colocam a baixo qualquer possível estabilidade.


Vou ser clichê e dizer que todos têm um pouco de Tom e Summer quando o assunto é o amor. Todos querem se envolver ao máximo e se entregar sem limites, mas nem sempre! O lado Summer é o lado que nos deixa mais racionais e nos faz ter os pés no chão. São lados como esses que fazem com que realmente os sentimentos fiquem no coração, os pensamentos na mente e que nada (nos) vire tanto de cabeça pra baixo!


O filme atinge o objetivo polêmico, profundo e realista ao mostrar que um garoto que conhece uma garota, não precisa necessariamente ser feliz para sempre ao lado dela. O que vale é ser feliz para sempre e ter os sentimentos independentes de qualquer inconstância do outro.

5.5.10

Atrevimento!


Sabe quando você percebe um belo dia que não sabe o que será de ti daqui 5 minutos e te apavora pensar no futuro?! Ouvi essa semana a seguinte frase: ‘você é movida a adrenalina, menina!’ e lembrei que não era assim há algum tempo. Qualquer dose a mais de emoção era o suficiente pra eu acelerar e cair de cara no chão.

Ainda bem que existem as noites entre um dia e outro, que curtir o momento é um dos meus lemas mais fracos, mas meu lema e que fases são fases e delas a gente sempre carrega o brilho dos bons momentos e a aprendizagem dos maus.

Minha paixão pela lua não é a toa! Juro que quando olho pro céu a noite, me perco na imensidão dela que reflete exatamente o que eu sou, as vezes crescente, minguante, nova ou cheia não importa. Meu lugar, que não é o céu, será sempre o mesmo: entre alguns acordes, estrofes e chocolate prestígio. Como ela, também dependo do ângulo sou vista e iluminada pelo sol.

Ps.: Foto: Gustavo Nascimento

O (re) retorno!

Aii que saudades de td por aqui! Sabe qnd vc volta pra um lugar que há mto não frequentava e fica admirando todos os detalhes?! Do teto, às paredes, pisos, decoração, tudo, tudo, tudo!
Tô assim com o blog! =D
Não vou fazer promessas vãs de que agora vou voltar com td pra ele e (re) refazer todas as promessas que sempre faço aqui qnd fico mto tempo ausente!
Quero apenas compartilhar um artigo que escrevi para o site da Revista RDM sobre o (possível) fim do papel e dos impressos e lembrar a todos que mesmo distante desse ciberespaço, uma vez blogueira, sempre blogueira!

Sustentável: o novo papel da vida online

O papel do jornal impresso será substituído pelo ‘papel’ digital, sim! A pergunta certa agora é: quando? Pode ser de hoje para amanhã ou daqui a um, dois, três anos ou mais. O fato é que a impressão do papel não se tornará mais viável diante de tantas facilidades tecnológicas ou diante da grande preocupação do momento de nos tornarmos uma sociedade mais sustentável. Uma discussão aparentemente tediosa, mas dentro desse contexto, se faz necessária.

E por mais que a possível substituição pareça estranha, já estamos mais inseridos nesse contexto do que podemos imaginar. Quer ver? O simples fato de muitos jornais impressos já terem, em parte, migrado para web é prova disso. O interessante é que quando chegam às bancas parecem antigos e desatualizados perto das suas próprias versões online. É mais que uma simples tendência. É inovação, custo baixo, preocupação com o meio ambiente e convergência (textos, imagens e sons em um mesmo lugar).

Temos também os e-books, livros digitais que armazenam não só um, mas centenas ou milhares de exemplares que podem ser levados para qualquer lugar, além de possibilitar compartilhamento entre os usuários formando uma enorme e potente biblioteca virtual em rede. Mobilidade e interação que cabe dentro da sua bolsa, em um pen drive ou no bolso, dentro de cartão de memória.

É incontestável que o papel para impressão de livros tem ficado cada dia mais caro e que esse custo tem sido repassado ao consumidor, o que, consequentemente, desmotiva a compra e só aumenta ainda mais o seu valor. A leitura pode continuar sendo estimulada com os livros eletrônicos de preços mais acessíveis, quando não são de acesso gratuito na web, popularizando ainda mais o prazer pelo conhecimento.

Gosto de ter um exemplar impresso de algum livro que aprecio muito, mas tenho consciência de que ele tende a se tornar mais uma relíquia da minha coleção particular, pois ao navegar na rede encontrarei uma versão dele online. Eu, como tantos outros jovens, leio muito mais na internet do que de outra forma. O papel tende a acabar porque somos e estamos na era da informação movida incessantemente pela instantaneidade, rapidez e a cobrança de nos tornarmos uma sociedade mais imersa na sustentabilidade.

É como disse o jornalista Dargomir Marquezi em um artigo bem humorado na seção Mashup da edição de março da revista Info (nº 289): “Minha teoria para a leitura digitalizada é: quanto menos imitar a era do papel, melhor” (...) “Os conservadores seguirão fiéis aos livros impressos com tinta e costurados com linha. Serão cada vez menos. O resto de nós deve apertar os cintos porque a aventura mal começou”.

Todas essas tendências atreladas à forte necessidade de nos tornarmos uma sociedade sustentável, me leva a refletir que adotar uma vida online pode ser o que especialistas chamam de “tecnologia limpa”, que gera significativa economia de papel e recursos naturais correspondentes e, hoje, mais do que necessários.

No caso da Revista RDM, essa tendência já é realidade, com parte da revista disponibilizada apenas no seu site. A revista impressa continuará existindo como uma importante referência editorial, mas ganhará muitas e muitas páginas virtuais mundo afora.

2.9.09

"Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.
O que te escrevo continua e estou enfeitiçada." [C.L.]

24.7.09

Posso ter sido relapsa ou evasiva, mas ser cobrada é algo que faz com que eu me sinta perseguida! Vivo para escrever e escrevo para viver!
E não tenho mais vergonha de parecer leviana no que declaro!
São palavras minhas!
Minhas porque eu decidi a junção e qual posto cada uma iria ter nas frases que eu formulei baseadas nos meus sentimentos e naquilo que eu quero ardentemente revelar!
Confessar todos os acertos e pretensões sem receio de ser obrigada a fazer isso sempre!
Escrevo, registro-me, anoto-me, propago-me, espalho-me, alastro-me!
Quer uma mensagem?
Leia-me nas entrelinhas!
Centelhas de mensagens é o que sou!

22.7.09

intimacy

"Talvez porque o que ela mais queira seja tocar seu cabelo, sinal de que teria entrado na intimidade dele." [do livro Voz Sem Saída da Céline Curiol]



ps.: insanidades e dependências que não me cabem!
Escrevendo mais uma vez para tentar salvar minha vida!



7.7.09

é o que me leva!

...então naquela noite ao voltar para casa olhava insistentemente para cima, ou entre passos alternados, parava hipnotizada pela lua;
não apenas porque a sentia, de uma forma mágica, mais próxima, mas porque aquele formato cabia exatamente no tamanho e no brilho do seu próprio sorriso naquele momento!
ps.: transcende!

13.5.09

...e um palpite

Mesmo no escuro era como se ele pudesse ouvir os lábios dela se abrindo em um quase sorriso enquanto ela distraidamente tentava imaginar o que os seus olhos voltados em sua direção lhe diziam naquele momento. Tentavam lutar arduamente contra algo que já os havia vencido sem nem imaginar que o melhor agora era comemorar a vitória com o considerado receio.
Ele bem que tentava tirar o máximo de cada impressão dela! Tão variadas, coloridas e expansivas. Mas sempre acabava barrando nos seus grilos e desconfianças consigo mesmo.
Era tudo meio louco e novo para ele!
Desde quando o coerente também precisa ser palpável?
Quando interrogado sobre o que se passava lá dentro, inquieto e majestoso, respondia o que achava, deixando que as palavras dessem o sentido que a elas somente cabe. Assim: seguro e muito, e sempre, voltado para ela e a redoma que construiu em volta do sentimento dela por ele!
Pois era tudo o que ele tinha! Era tudo o que ele queria sentir e deixar memorizado na pele naquele instante em que desfrutava do silêncio da presença dela ao seu lado e de todas as fantasias que vieram despidas de qualquer alucinação. A prova sensitiva de tal realidade?
O arrepio frio que dá na gente! Truque do desejo!

3.5.09

...vendo a vida acontecer como um dia de domingo!

Estive estranha nesses últimos dias! Logo eu que não permito abater-me!
Gostaria que existisse um jeito poético de admitir isso!
Mas não há!
O que me assusta um pouco, já que me alimento de poesia e quando ela foge das minhas veias é como se me faltasse o que é vital!

É bom estar de volta! [não apenas ao blog!]

[em todos os sentidos! com todos os meus sentidos! bem aguçados, diga-se de passagem!]




Culpa das músicas que ouço
Dos livros que leio
Ou da vontade doce e incontrolável de comer morangos [e não o posso!]


Agora as palavras saem, aleatórias, como se quisessem fugir de mim também!
Assim como eu queria!

Nunca as palavras de Clarice Lispector fizeram tanto sentido: 'Eu escrevo para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.'

ps.: inútil tentativa de não fazer desse blog um diário virtual! Desisto! Estou impressa aqui, em cada espaço, distraidamente envolvi-me! Sim, esse blog é minha cara!

14.4.09

Lu.a!

Foto: Gustavo Nascimento (http://altadesconexidade.blogspot.com/)
Ela! Sempre ela!
Logo ela que queria só a compreensão das noites, com estrelas ou sem estrelas não importa, o que seu coração almeja é mesmo a lua!
‘Um dia ainda a alcanço e faço dela meu baluarte’, dizia enquanto olhava para aquela que vinha ajudar o sol se pôr.
Era como se algo a tragasse para dentro daquele hemisfério mágico com tanto escondido, com tanto a lhe revelar.
‘Ainda te desvendo! És o meu desafio! Que me contes o que te mantêm’!
Desviava os olhos do céu para riscar o chão, com o giz colorido que ganhara, e assim definir o caminho que a partir de agora pretendia fazer. Os riscos logo acabavam em abstração e sem demora, distraía-se com a pipa dançando no céu!
Era então que a mistura doce da luz com o que é terno a invadia!
A verdade é que ela gostava mais de descrições do que transcrições.
Ou quando os poemas a deixavam nua para em seguida cobrir-se do devaneio tão natural.
Gostava não apenas de sentir o toque na pele, precisava romper o seu coração que, naquele momento, estava exatamente como aquele fim de tarde: chuvoso e denso!

5.4.09

Pode ser o céu em minha alma

Ali fora, as crianças brincam de pega-pega e aqui dentro tudo corre também!
Vai!
Quero me esconder!
Olhos fechados:
Um!
Dois!
Três!
Lá vou eu...
Me entregar de bandeja mais uma vez!


P.s.: quem sabe seja a frase: ‘eu vejo flores em você’, escrita com letras brancas em contraste com o muro preto que colore minhas manhãs!

22.3.09

Ela foi surpreendida com o calendário diante dos olhos, o pensamento longe dizia que a tentativa era de adiantar os dias sem que com isso se perdesse a graça e essência do tempo.
Sabe aqueles dias que o sentimento te invade e aperta a garganta? Pois é!
Mas é um aperto suave, quase um carinho, como quem diz: ‘sente o gosto físico e líquido do que está no seu coração agora’!
Então, é nesse agora que você se concentra e dorme sonhando, vive sonhando!
É aí que a briga com a razão começa e a vontade de perpetuar as estréias doces de cada gentileza torna-se maior que todos os gigantes!

Ps.: Me faz um favor, apaga a luz e acende aqui seus olhos pra mim?

17.3.09

'Não tenho tempo para mais nada'

... não sobra!
Nem para escrever...
...sobretudo, quando se está feliz!
Fato!
[sorrindo lírios!!!]

3.3.09

Impulso

E o que aconteceu com todas aquelas palavras que fluíam tão naturalmente quanto os sentimentos meus que rondavam a atmosfera ao meu redor?
Cadê o caos de dentro dos meus poros, cheio de uma agitação quieta. Só minha. Que só eu curtia?
E aquele estranhamento compartilhado com quem quisesse concordar por pura conveniência ou por pura satisfação com caprichos tão meus?
Por onde anda aquela sensação de que a vida que é minha pertence também a tudo que me rodeia?
Às cores, às sensações e sabores, como se tudo em todos pudesse me tragar?
O que aconteceu com tudo aquilo que me povoava e que não encontro mais? Infinitamente perdido ou escondido ou estarrecido ou desaprendido ou banido?
Assim mesmo, sem pontuações, corrido como os pensamentos sobre tudo e o nada!
Calmo como a vontade que tenho de dormir e não posso. Não quero. Não dá!
Está tudo tão acordado, amanhecendo aqui dentro!


‘Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo’ [Tati Bernardi]

21.2.09



"Eu preciso aprender a ser menos.Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada.Alguém já desejou isso na vida: ser menos?Pois é. Estranho. Mas eu preciso.Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma.Porque eu preciso. E preciso muito.Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma.Eu preciso respirar.Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito.Eu preciso desatar o nó.Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase?Confesso: eu não consigo.Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama.E eu vou... Com o coração na mochila, rímel nos olhos, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou.Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora.Existe aí algum remedinho para não-sentir?Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?Quer saber?Existe.Existe e eu preciso.Preciso e não quero."




[Fernanda Mello]





... pontos e vírgulas que falam por mim!

1.1.09

Começando bem!

"É dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre." Carlos Drummond de Andrade





Ano novo...
Vida nova...
Hábitos novos...
Aparência nova...
Idéias novas...

Novos ideais...
Novas promessas...
Novos sonhos...
Novas perspectivas...
Novos desejos...

Novamente, começa-se aquele regime pra emagrecer...
Aquela vontade de viver novamente...
Novamente renasce tudo...
O mundo renasce novamente...

Razão tem Mário Quintana:
“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia primeiro do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça”.

30.11.08

Intimidade [Hoje me despi da minha farsa!]




Como o primeiro dia da primavera
Como dançar blues no fim da noite em um bar
Como te mandar um bilhete azul
Ou embriagar-se de clichês

Como a velha poesia, romanceada
Como aquela nova nota, musicada
Como um daqueles feitos, acobertados
Como um dos seus sorrisos, escancarados

Como a neurose instigante
Como aquele guardanapo marcado
Como as matizes do seu quadro
Ou das minhas tramas criadas

[Se eu não consigo dizer eu só posso escrever cartas com o olhar]

Porque não coloco mais palavras e sensações próprias na boca dos poetas!

17.11.08

'Em algum lugar do tempo

O vento me tirou para dançar. - Efeito mágico.
Ando descalço sob o som que atrai. - Doce dos lábios.
Da janela, veja a alma. - Amparo inquieto.
Se jogue da ponte da ousadia. - Mergulho perfeito em meus olhos.
Alegria, transborda. - Permitida.
Das formas e dos lírios!


ps.: vou cuidar do meu jardim!
trago flores pra você!

3.11.08

Um infinito particular!



É porque é completamente louco e incompreensível o misto do que não se quer sentir. Entro em um poço fundo, fundo e de lá não quero sair, apenas me lavar nas águas calmas, límpidas e transparentes. Não posso e não quero olhar para um reflexo nessas águas, não quero ver o que se passa aqui dentro.
Mesmo assim, as coisas parecem claras. Mais certas que antes e mais seguras! Tenho medo que a água comece a se agitar e subir, afogando todos os sorrisos! Por isso, prometo não chorar!




Não, eu não abandonei o blog [falo isso mais pra mim mesma, acreditem!].
A verdade é que não ando conseguindo produzir muito. Nada de palavras de efeito, frases boladas, inspiração, motivação ou emoção.
Não estou me lamentando de todo! A conotação é de estar satisfeita mesmo!
Aparência de redescoberta!

23.9.08

Lendo a carta que estava na garrafa!


Cansei de falar de sentimentos, porque se resumem em meus desejos.
Prefiro agora os saberes insanos.
Com a inconseqüência infantil de alguns poucos anos.
Preciso de todas as essências, com aroma ou não, além dos meus cabelos presos.

Quem dera conhecer a causa de todos os arrepios ou dos mistérios da lua,
Figurar a imagem de um céu encoberto,
Fugir do tempo, correr pela rua
Pra ver se olho atrás, assim sentir mais perto.

Início de uma primavera antes tão desapercebida,
Começo de uma era, agora, tão aguardada
Fim de um momento trancado, do gelo e daquela bebida
Término com uma revelação tão pouco esperada.



Ps.: Será que as perguntas são certas?

17.9.08

Minha loucura diz que isso tudo é normal!


Confesso frustração total quando ao chegar em uma loja lia: “fechado para balanço!” Mas agora compreendo a necessidade dessa avaliação comercial, pois entendi que também precisamos de um balanço vez ou outra!
Por isso, não vou pendurar nenhum aviso, porque já tenho enviado sinais de retração há muito tempo para o meio externo.
É que aqui dentro, encontro todos os motivos! Um a um expostos diante de alguns receios e muitas dúvidas! Contabilizo as perdas, pondero os ganhos!
Percebo que pra eu poder reabrir preciso de algumas reformas e mobílias novas!
Por enquanto vou me manter trancada, deixar lá fora algumas expectativas, os meus grilos, desejos e gritos! Sei que vai chover! Coloco aquela roupa leve e me jogo em meus temores, enquanto olho o jardim lá fora!


Ps.: Só hoje vou pular a janela e correr até aquele balanço!

7.9.08

7 de setembro!

Nada melhor que exaltar hoje e sempre essa terra tão abençoada!



Exaltação

Vai!
Sobe à montanha mais alta da tua terra; põe-te de joelhos sobre a relva daquele morro distante e deixa, lá de cima, cair sobre a alma atormentada dos homens, a alegria alvissareira de tua alma brasileira!
E conta, lá do alto, a todos os ventos e a todas as nuvens que passarem, o teu destino feliz, a história encantada de teu país.
Conta-lhes que a tua terra é uma grande flor morena, dourada de sol e perfumada de luar, e que ela põe um sorriso de ternura no fundo de cada olhar; que ela é cheia de graça e de feitiço... Como uma flor de lenda; que ela é simples, amável, fraternal, acolhedora e que é a terra mais bonita e mais gentil que os teus olhos já viram. Conta-lhes tudo, tudo isto, que os homens, as nuvens e os ventos, precisam saber do teu Brasil.
Vai!
Sobe à montanha mais alta da tua terra, para que a tua palavra de fé brasileira, possa dali encher de alegria e esperança a terra inteira.

Corrêa Jr.

2.9.08

Arma química! (A tal da Globalização!)

A globalização pode ser compreendida como uma tentativa de unificar a sociedade ('aldeia global'), de forma a facilitar os diversos segmentos de lideranças.
Não se trata apenas de tecnologia e sua revolução, vai além!
Quem sabe o auge tecnológico de hoje (auge?!), seja apenas mais um ponto alto do processo. Integrar/globalizar, nem sempre é benéfico!
Os indivíduos são todos iguais? Óbvio que não!
No máximo tem algumas opiniões que,em fragmentos, podem se parecer.
Daí até a 'necessidade' de juntar isso tudo em uma massa uniforme, é muita ousadia!

27.8.08

Anestesia dos movimentos em uma dança sem par

Na porta entreaberta, vi seus passos se aproximando e te levando pra longe de mim
Nas formas tristes e deslocadas, busquei um pouco da sua essência,
Torci para que entrasse e invadisse o que tenho a te oferecer e
Rompesse todos os meus nãos, me deixando mais uma vez sem chão.

Sei que substituirei de alguma forma todas as palavras melódicas, para me referir a tudo o que me lembras, pois as palavras escorrem para os vãos e escondem-se tímidas no lugar-comum.

Conheço-me tão bem que sei que serei capaz de dançar no palco de suas reações e me estabelecer, encenando sobre você para estranhos!

24.8.08

Difere


Das respostas dadas ao amanhecer, as que despertam os sentimentos mais profundos são as sussurradas, como que por encanto ouvidas ao longe e compreendidas fora de todo o contexto [ou dentro de todos os contextos, o seu momento].
O papel ajuda, mas ah! quem dera se fosse possível imprimir além do que se sente, do que se espera, do que se quer. Quem sabe se fosse possível marcar a urgência que cada letra carrega, que cada palavra transborda [ou que oculta, esconde-se por entre todas as linhas e ao mesmo tempo derrama-se serena ao final].
Tenta-se ultrapassar a linha do óbvio, mas é a ele mesmo que recorre se precisa deixar aquele sinal em alguma existência [sinais (de fogo!) que iluminam mais que todas as luzes da cidade].

Com aquele turbilhão tranquilo externamente, agitam-se os interiores, superiores, causadores do inevitável, perceptível a olho nu a todos os sem igual [a resposta te dou depois, agora vou atrás do circo que levou de mim, sem pressa, todas as promessas que ousadamente me fiz].

20.8.08

Conhecimento com prazo de validade

(O do Brasil já venceu!)





Achar que está tudo bem nas escolas, entidades e meios de comunicação é cômodo e apropriado já que ‘não se pode fazer nada diante do sistema’. Atitudes como essas são o reflexo de pessoas que vivem debaixo de um esquerdismo teórico extremado, mas que na prática balançam a cabeça concordando com uma educação deficiente e com os ‘restos’ que normalmente a mídia dispõe: cores, formas, sons, correria, dia-a-dia, falta de tempo, alienação.
Essa é uma das características da pós-modernidade: o despejo de informações da mídia e do sistema de ensino, sem tempo para que aconteça uma ‘digestão intelectual’ e possível compreensão. Falta de capacidade de concentração, de atenção, de expressar-se claramente são também marcas de uma sociedade, sobretudo os jovens, que desaprendeu a pensar.
Às vezes, por exemplo, se critica a falta de cultura, quando cultura nada mais é do que a capacidade do próprio ser humano de interagir com o meio através da sua racionalidade e com sua inteligência consegue executar, através da música, literatura e cinema. Interação possível com conhecimento em diversas áreas.
Enquanto não se desenvolver uma sociedade reflexiva, as ordens vão continuar vindo de todos os lados: compre, viaje, leia, coma, beba, vista, molde-se! Com um grande risco de ser excluído de tudo o que é taxado de normal, caso não haja adaptação à essas modinhas.
Para que não se formem cidadãos massificados e alheios à realidade dominante, o processo de construção do pensamento através de uma educação acessível e qualitativa, precisa urgentemente ser repensado e visto como parte da formação obrigatória do ser humano. Para isso, é preciso deixar de fazer da ‘teoria do umbiguismo’ o principal assunto de rodas de conversa.




Ps.: Desculpem a falta de junção entre os assuntos, é praticamente um rascunho que escrevi no calor de alguns pensamentos que tive, por isso as idéias apresentam-se um pouco sem sentido, mas só aqui, porque em minha mente estão completamente organizadas e em ordem alfabética!hahaha

17.8.08

Caça às palavras

É horrível quando se tem vontade de escrever mas as palavras são
insuficientes. Não que faltem assuntos, temas, emoções. Falta coragem de escancarar mesmo, de ser autêntica sem exposição, de ser verdadeira falando meias verdades pra si mesma. Escrever continua sendo a melhor forma de expressar-se, mesmo quando a alma já tem expressão própria.



Hoje acabou-se me a palavra,
e nenhuma lágrima vem.
Ai, se a vida se me acabara
também!

A profusão do mundo, imensa,
tem tudo, tudo - e nada tem.
Onde repousar a cabeça?
No além?

Fala-se com homens, com os santos,
consigo, com Deus... E ninguém
entende o que se está contando
e a quem...

Mas terra e sol, luas e estrelas
giram de tal maneira bem
que a alma desanima de queixas.
Amém.

Cecília Meireles

10.8.08

Assim, meio sem palavras

Lugares Proibidos
Helena Elis
Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Com você já, já
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Com você chegando já